O período da adolescência para o ser humano é o momento de desabrochar para a vida, ter novas aspirações e, sobretudo, vivenciar o frescor da juventude com tudo o que de melhor ela tem para oferecer. Trata-se daquela fase em que a menina e moça se enfeita com primazia querendo tornar-se mais atraente e o jovem rapaz empenha-se para ser reconhecido o mais rapidamente pelas suas qualidades e atributos físicos.
A inserção em grupos sociais, a necessidade do reconhecimento dos seus valores, o companheirismo dos amigos de grupo e o apoio familiar servem como “tijolos” de uma construção, interligando auto-estima e sociabilidade, impulsionadoras de futuros cidadãos activos e operantes dentro da sociedade.
Assim sendo, é no ambiente escolar, onde passa a maior parte do seu tempo, que o adolescente está à caça de um “grupo de iguais” para se auto-afirmar como indivíduo e tornar-se mais independente da família, mesmo que ainda precise muito dela. Por isso há uma grande frustração quando é rejeitado por grupos ou pessoas específicas.
O fenómeno conhecido como bullying, palavra oriunda do inglês “bully” assemelhando-se ao termo em língua portuguesa como “valentão” ou “machão”, caracteriza-se como um dos obstáculos ameaçadores, com o quadro característico de adolescentes excluídos e discriminados, agredidos por outras pessoas (LOPES NETO, 2005).
Bullying é descrito como a acção de “ um ou mais indivíduos que aplicam agressões físicas, verbais ou emocionais sobre o outro”.
Na minha opinião já pode ser considerada a violência dos novos tempos. Regularmente ouço notícias sobre bullying nas escolas, nos telejornais, jornais, na rádio, revistas e na internet…
Não é algo simples, que se pode vencer de um dia para o outro. É um mal que se pode carregar durante um longo período de tempo ou toda a vida.
O silêncio é muitas vezes a arma de refúgio!
Posso dizer que quando era mais nova uns aninhos senti na pele, ainda que tenha sido de forma muito ligeira, a experiência do bullying (a nível psicológico). Mas posso dizer, com algum orgulho, que hoje isso não passam apenas de simples memórias. Se devia dar um conselho o melhor que posso dar é o seguinte: o suporte familiar é essencial e não estou a falar daquelas famílias que vão resolver os problemas com as "próprias mãos". Ter pais que nos ouçam, que nos encorajem a agir mas que também mostrem sensibilidade de preocupação é essencial para que uma criança se sinta minimamente protegida. Por outro lado, os professores devem estar sempre muito atentos a estes assuntos. Há situações óbvias que só passam despercebidas a quem quer. E, por último, incentivo que falem com as crianças, tanto com as que sofrem com o bullying como os próprios "bullys". Aprendi que os "bullys" são crianças extremamente carentes, sem qualquer estabilidade familiar nem o mínimo apoio...Contudo não desminto que exista ainda quem o faça por pura maldade. Este é sem dúvida um tema importante. É importante que se fale sobre ele e acima de tudo que nos mexamos!Ainda à uns anos uma criança morreu (se se matou ou se foi atirada para o rio...).
ResponderEliminarISTO ESTÁ A IR LONGE DEMAIS!
Muito obrigado pelo comentário, pela partilha da experiência e pela opinião bastante pertinente. Sim o bullying é um problema demasiado grave e que cada vez se vê mais e é pena que ainda muitas pessoas a ignorem por pensarem que é uma "brincadeira" entre as crianças, adolescentes ou até mesmo adultos dos tempos actuais.
ResponderEliminarObrigado e continua a seguir o nosso blog, pode ser que encontre outros temas que sejam do teu interesse :)